Se tivéssemos de fazer a listagem daquilo que recebemos dos outros (e é pena que esse exercício não nos seja mais habitual), perceberíamos que somos, em muitos sentidos, uma obra dos outros. A nossa história começou antes de nós e persistirá depois. Somos o resultado de uma cadeia inumerável de encontros, gestos, boas vontades, sementeiras, afagos, afectos. Colhemos inspiração e sentido em vidas que não são as nossas, mas que se inclinam pacientemente para nós, iluminando-nos, fundando-nos na confiança.
José Tolentino de Mendonça
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Ave, Maria
Gosto de pensar, Maria, que também a tua fraqueza sustém a tua força, que soubeste aceitar atravessar tantas incertezas, fazendo aderir o te...
-
Quietos fazemos as grandes viagens só a alma convive com as paragens estranhas lembro-me de uma janela na Travessa da Infância onde se...
-
Tens de a ter, caso contrário, as paredes cercar-te-ão. tens de desistir de tudo, deitar fora, deitar tudo fora. tens de olhar para o que es...
-
Onde uma tem o cetim a outra tem a rudeza * Onde uma tem a cantiga a outra tem a firmeza * Tomba o cabelo nos ombros o suor pela barriga * O...
Sem comentários:
Enviar um comentário