Aqueles de nós
que sendo filhos e netos
de honestíssimos homens do campo
cem vezes
negaram as suas origens
antes e depois do canto dos galos.
Aqueles de nós
que aprenderam com os lobos
as voltas
sombrias
do uivar e do perseguir
e que às crueldades adquiridas
acrescentaram
os refinamentos da perversidade
extirpados
das cavidades dos lamentos.
E aqueles de nós
que compartilharam (e compartilham)
a mesa
e a cama
com feras peludas destrutivas geladas
da imagem da pátria, e que mentiram ou calaram
na hora da verdade, vós,
somente vós, malévolos bailarinos sem cabeça
um dia valereis menos do que uma garrafa partida
lançada
para o fundo de uma cratera da Lua.
Roberto Sosa
sábado, 30 de novembro de 2024
Malditos bailarinos sem cabeça
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