há sempre um que aguarda ao lado da janela.
Ele vê talvez a maldade entre as espinhas
e os incêndios nas colinas.
E como pessoas que saíram de casa inteiras
são devolvidas no final da tarde como moedas pequenas.
De três ou quatro numa sala
há sempre um que aguarda ao lado da janela,
seus escuros cabelos por cima dos seus pensamentos.
E adiante dele, vozes que vagueiam sem mochila,
corações sem provisões, profecias sem água.
pedras grandes que são devolvidas
e permanecem seladas, como cartas que não têm
endereço, ninguém para recebê-las.
há sempre um que aguarda ao lado da janela,
seus escuros cabelos por cima dos seus pensamentos.
E adiante dele, vozes que vagueiam sem mochila,
corações sem provisões, profecias sem água.
pedras grandes que são devolvidas
e permanecem seladas, como cartas que não têm
endereço, ninguém para recebê-las.
Yehuda Amichai
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