Dissesse eu, de outra maneira,
que as cerejeiras tardam mil luas a florir,
haveria palavras doces que o dissessem?
Toda a tarde te esperei e não vieste.
A semana, o mês, o inverno, o meu aniversário,
as últimas chuvas antes do verão,
e não vieste.
Conto os teus passos ausentes no pensamento
para entreter a espera.
Há uma pedra solta no passeio.
Um vento súbito atravessa as copas do arvoredo.
Saberás que te espero fielmente,
um chá quente sobre a mesa posta
e uma lâmina gasta no lugar do coração?
Como os anónimos do vício permaneço
vigilante:
só hoje, esperei por ti e não vieste.
Violeta Runa
sábado, 24 de outubro de 2020
Dissesse eu, de outra maneira
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