fazem de conta que escutam
o que os bichinhos de conta
fazem de conta que contam
assim tudo corre bem
para uns e para outros
nem uns dizem que são mudos
nem os outros que são moucos
Alberto Pimenta
a minha avó repete: o tempo cura a ferida mas não cura a cicatriz e nenhum outro poema de nenhum outro poeta me falou tão alto ao ouvido Inê...
Talvez estejam ótimos dias para deixar a penumbra das casas e caminhar com sol aberto no rosto. Que escrever e falar vão dar no mesmo e quiçá isso bastará a algumas pessoas, que outras haverá a quem a forma por vezes não baste requerendo conteúdo dinâmico e consonante com o tempo que se esvai a cada instante. Que as memórias de agosto não são gosto mas remédio para quem ainda achava que as portas não eram precisas para ir a lugar nenhum que precise de porta. E depois disso já não há pai natal, ou deixei por ler alguma fábula incontornável a uma infância atormentada por paraísos de leões vegetarianos?
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