uma palavra
no escuro.
Minúscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava no chão da água.
Do fundo do tempo,
martelava,
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
Eugénio de Andrade
a minha avó repete: o tempo cura a ferida mas não cura a cicatriz e nenhum outro poema de nenhum outro poeta me falou tão alto ao ouvido Inê...
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