À noite, num pequeno aeroporto,
vês um avião que está a descolar.
Vai-se perdendo o sinal.
Sem nenhuma piedade pelo que foste,
pois a piedade é demasiado efémera e
não há tempo para construir nada sobre ela,
convences-te de que vives,
embora sem esperanças, uma época
que é a mais feliz de tua vida.
Há uma outra poesia, haverá sempre,
como há outra música. A de Beethoven surdo.
Quando se perde o sinal.
Joan Margarit
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