quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Deram-me oliveiras nas pálpebras



Deram-me oliveiras nas pálpebras
cerradas da noite,

De noite curti o teu olhar
à míngua de sangue e de facadas;

De noite vi a curva dos teus seios
que pareciam moldados por mãos de profeta,

E houve relinchos, galopadas, cavalgadas
pela noite fora.

De dia tu eras diferente:
Estavas vestida e trazias-me uma Flor.


Paulo Brito e Abreu


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