Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
Manuel António Pina
Em que estação estamos
ResponderEliminarQuem me dera
Saber da diferença
Entre a tua primavera
E a minha crença
Cega
Entre o teu verão
Brilhante
E o meu
Azul solidão
Quase eterno
Quase inverno
Com este bilhete na mão
Como à espera do comboio
Na paragem do autocarro
P.